terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Por que é que as mulheres vivem mais do que os homens?

Todos sabem que, pelo menos no mundo ocidental, as mulheres vivem mais tempo do que os homens.
Quais as razões?
Bem, não são as mulheres que vivem mais tempo. Na realidade são os homens que vivem menos. Acontece que os homens que vivem com uma mulher com a qual têm uma relação amorosa (esposa, namorada, o que quer que seja) estão sujeitos a um certo tipo de agressão de que ninguém fala, até porque quem normalmente fala destas coisas são as mulheres e elas não têm consciência disto. E os homens também não falam disto com os outros homens porque daria a impressão de fraqueza. E tal como é politicamente incorrecto ser racista, também não é aceite ser machista ou fazer queixas da mulher a este nível.

Já repararam que é o homem que, por ser mais forte fisicamente, tem de carregar os pesos todos lá em casa? E a mulher poupa as suas costinhas de todas essas vezes ao longo da vida... Claro que todos os outros trabalhos pesados são para ele, já que ele, sendo homem, tem a obrigação de o fazer porque "todos os homens têm jeito para essas coisas (diz ela "os outros maridos sabem fazer, logo se tu não sabes é porque não prestas para nada" -> primeira agressão).
Outra situação, é quando a mulher em conversa com as amigas e na presença do marido começa a criticar o marido por não ser como o marido das outras, que faz isto e aquilo (segunda agressão).
Já repararam também que muitos homens são mais para o calado enquanto a mulher é faladora? Pois, isso não é apenas porque ele é mais de acção e ela de comunicação. Também resulta de inúmeros episódios em que o homem percebeu que ganha mais em estar calado e a acatar as ordens da mulher do que em expressar a sua opinião. Porque quando o fazia nos primeiros anos de namoro era imediatamente atacado (terceira agressão). Assim, o homem pouco a pouco adquiriu um mutismo selectivo que se activa com a presença da sua mulher e se desactiva quando está com os amigos e outras pessoas (ou pensavam que os homens gostam de jogar ao jogo do silêncio?).

É interessante observar que alguns desenhos animados para crianças já mostram este tipo de comportamento. Uma vez vi uns desenhos animados em que estava uma menina brincar com um menino, e esta pedia-lhe um brinquedo para brincarem juntos. Sempre que o menino lhe sugeria um brinquedo, a menina fazia-se esquisita, recusava a sugestão e pedia-lhe outro brinquedo. O menino encavacado lá tentava satisfazer o capricho da menina em várias tentativas, até que ela escolheu precisamente o brinquedo que ele não estava disposto a emprestar. Esta situação é representativa da desigualdade que existe na realidade em muitas casas, ou seja, a mulher pede algo (exige) ao marido e este tem de lhe dar, senão há discussão. E como os homens detestam discussões e chatices, principalmente com voz feminina envolvida, lá acabam por dizer que sim e pronto (uff, já me safei). 

Também em algumas sitcoms americanas com casais, o homem é retratado como básico, como uma criança grande, insensível às necessidades da mulher e dos outros, que só pensa em ver desporto e em sexo. A mulher, por outro lado, é a (pessoa) responsável e madura, a que se preocupa com os outros, e até, a detentora única da moral, do correcto e do errado (principalmente se o homem faz algo de errado). Mas, nestas sitcoms, a mulher também é aquela que não tem qualquer problema em inferiorizar o marido, fazendo dele empregado quando lhe é conveniente, obrigando-o a fazer coisas que ele não quer fazer e fazendo chantagem com o sexo. Antigamente era a mulher a inferiorizada, a empregada, a submissa. Agora, parte do mundo inverteu-se. O homem, no final, lá acaba por se comportar como um humano submisso e conformado com as vontades da mulher.

O mais grave é verificar a diferença de critérios que existe entre homem e mulher. A mulher faz A, o homem critica-a e ela arma uma discussão dizendo que ela faz o que bem entender e que ele não tem nada a apontar-lhe. Noutro dia, o homem faz A. O que acontece? A mulher critica-o e faz um escândalo por isso e que ele devia ter vergonha. O homem recorda-lhe que ela já fez o mesmo, mas ela já está tão exaltada que não adianta falar com ela e então ele desiste porque detesta discussões...

Quantos homens não andarão por aí inferiorizados, amputados nos seus sonhos, vivendo como sombras, travados sempre que tentam libertar-se ao querer viver de acordo com a sua essência? Quantos viram as suas mulheres ignorá-los após a vinda dos filhos, tratando-os como os robots de que elas precisavam para serem mães? A partir daí nunca mais as suas necessidades são consideradas. Mas as mulheres-mãe, essas sim, continuam a ter as suas necessidades. Querem a atenção dos maridos, querem ajuda para cuidar dos filhos e tratar da casa, querem que o marido pague as contas todas, querem decidir para onde vão passar férias no Verão, querem decidir para onde vão passear no fim de semana, querem comprar umas cortinas novas para sala que só elas gostam, querem comprar montanhas de sapatos sem pensar se terão espaço para os arrumar em casa, querem as gavetas todas do armário para colocar as mil e uma bugigangas delas (e o homem só tem direito a uma), querem liderar a casa delegando a seu bel-prazer tarefas aos maridos de acordo com as prioridades delas, querem escolher o carro que vão comprar sem perceberem nada de carros, depois querem escolher a cor do carro e até querem escolher a roupa que o marido veste.

Depois, muitas mulheres levam o tempo todo a queixar-se (ao marido) de tudo e mais alguma coisa. É porque se sentem gordas, porque não têm roupa suficiente, porque uma amiga lhes isso "aquilo", porque não gostaram da atitude da pessoa X, porque estão cansadas, porque têm uma dor (e é sempre uma dor num sítio diferente), porque gostavam de ter uma vida diferente, porque queriam viajar mais, porque chove e gostavam que estivesse sol, porque está demasiado calor, porque não recebem carinhos do marido, porque os maridos não tomam iniciativa para nada, porque há muito tempo que não saem só os dois, porque a mala de ombro é pequena demais para o que elas precisavam, porque não encontra roupa que gostem... 
O homem, neste caso, é uma esponja que absorve as energias negativas existentes nas queixas da mulher. E isso deixa marcas...nele.

E a mulher pode queixar-se à vontade porque a mulher tem permissão para demonstrar fraqueza, mesmo ao marido. E o marido tem de ser compreensivo e sensível aos seus sentimentos. Por outro lado, o marido não pode demonstrar fraqueza, principalmente à sua mulher. Certamente, a sua fraqueza seria explorada pela mulher num futuro próximo. E quanto à compreensão e sensibilidade da mulher para com o marido? Diferença de critérios...

Qual é o resultado de tudo isto?
A resposta é: o homem vai morrendo aos poucos por dentro, agredido psicologicamente pela sua própria mulher, sem esta se dar conta. E após décadas nesta "vida", desgastado, saturado e conformado, o homem vai e a mulher fica. 
E depois elas ainda acham que são mais fortes do que os homens, porque vivem mais.

P.S. - Obviamente que os homens vivem menos do que as mulheres por outras razões mais científicas. Há ainda muitas viúvas daquela geração em que os homens é que mandavam, por isso as mulheres estão inocentes.

P.S. 2 - E os homens solteiros? Esses vivem menos também porque se metem na borga. :)

P.S. 3 - O estereótipo da mulher dona-de-casa e do homem que sustenta e protege a família ainda existe. E numa sociedade em que os dois elementos trabalham fora de casa, cada um deles aproveita os papéis associados a esse estereótipo. A mulher exige ao homem que trabalhe, faça os trabalhos pesados e que seja forte (pelo menos que não seja fraco). E o homem exige à mulher que trate da casa, cuide dos filhos e cozinhe.

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